terça-feira, 6 de julho de 2010

Divagações pré-balzaquianas...

"E quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração? E quem irá dizer que não existe razão?" (Renato Russo)


Fiz 27 anos no dia 1º de junho e isso não foi o suficiente para que eu me animasse a atualizar o Blog. Porque embora tudo estivesse indo bem, andava me faltando a danada da intensidade que me inspira e me faz querer explodir nas teclas do computador tudo aquilo que me põe feliz ou triste. Este fim semana, em poucos minutos, como parecem ser todos os grandes momentos da vida, este lampejo de intensidade voltou a mim e ocupou o lugar de onde nunca deveria ter saído. Pois sem ela sou apenas uma pessoa qualquer, sem muito o que dizer, sem grandes opiniões, sofrimentos ou causas a defender.

E eu não vou relatar aqui o motivo desse retorno, não é nada grandioso (pelo contrário)... não valeria à pena. Mas vale, sim, relatar as consequências dele em mim. Sempre que resolve surgir me sinto um pouco mais madura e segura de quem ou do que sou. Reconheço-me em mim mesma, nas minhas fraquezas e nas minhas fortalezas, sem máscaras, nem cartas marcadas, apenas eu. Frágil e forte ao mesmo tempo. Criança e madura. Paciente e estourada. Eu. Apenas eu. E como é bom saber que apesar desses 27 anos que se passaram eu não perdi a minha essência!

Sim, aprendi umas tantas coisas, revisei outros tantos conceitos. Mas quando me deparo encarando de frente a danada da intensidade, um troço que vem não sei de onde me rasga por dentro, e só aí eu percebo que continuo sendo a mesma Carol. Não sei se isso agrada quem está ao meu redor, também, pra ser sincera, não é essa a minha preocupação. Mas é quando isso acontece que os valores que eu carrego dentro de mim parecem reluzir, que eu recordo dos aprendizados mais remotos e em mim aflora um certo temperamento que é imutável ao longo dos anos.

Percebo que nada disso depende de idade ou circunstância, mas cada uma dessas sensações cognitivas é responsável por formar, em virtudes e defeitos, esta que vos fala. E repito: Isso pode agradar a alguns e desagradar a outros. Mas sou eu, apenas eu, capaz de sofrer e ser feliz sem esquecer quem de fato eu sou. E isso não acontece porque sou forte, como acreditam alguns. Acontece por que eu não desisto de mim. Jamais desistirei. É só.