quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Só pra deixar bem claro...

Dispenso julgamentos e conselhos que não tenham sido solicitados por mim. Também não faço a menor questão de saber qualquer tipo de opinião emitida a meu respeito de forma leviana ou rasteira. É isso mesmo, estou falando assim de maneira direta, pois ando sem agüentar as pessoas me apontando qual o comportamento correto, a palavra correta, a roupa correta, o peso correto, a alimentação correta, os amigos corretos, os amores corretos... Chega! Pra que tanta correção, meu Deus? Se é de imperfeição que é feita a vida. Assim também sou eu, imperfeita... imperfeita, mas feliz. Posso?

E o que mais me espanta é a incapacidade que essas tais pessoas que apontam as falhas dos outros tem de olhar para os próprios erros. Quanta hipocrisia! Lógico, olhar para dentro de si é um exercício contínuo, requer paciência, perseverança e muita boa vontade. Muito mais fácil olhar superficialmente para quem está do lado, né?


Até entendo quando isso parte de pessoas queridas, que querem apenas o meu bem. Delas eu escuto com atenção e com o coração, porque convivem comigo e muitas vezes chegam a me conhecer de uma maneira assustadoramente carinhosa. Mas não se enganem. Nem sempre vou absorver tudo o que for dito. Porque elas podem me conhecer de uma maneira assustadoramente carinhosa, mas eu me conheço muito mais. E afinal... a vida é minha! Só eu sei dos meus conflitos internos, dos meus anseios, das minhas nóias.

Não sou mais criança, sempre tive juízo, não é agora que vou deixar de ter. Deixem-me viver a vida da maneira que eu achar que devo viver e que me faz feliz. Diacho de tanta gente pra dar conta de uma só! Portanto, fofoqueiros/hipócritas de plantão, deleitem-se! Eu não admiro gente como vocês e não tenho qualquer motivo para querê-los por perto. Vou continuar fazendo as coisas da maneira como quero e como gosto de fazer, respeitando a minha consciência e só. Esta sou eu. Escancaradamente eu.
“A alegria do pecado às vezes toma conta de mim e é tão bom não ser divina
Me cobrir de humanidade me fascina e me aproxima do céu
E eu gosto de estar na terra cada vez mais
Minha boca se abre e espera o direito ainda que profano do mundo ser sempre mais humano.

Perfeição demais me agita os instintos
Quem se diz muito perfeito na certa encontrou um jeito insosso pra não ser de carne e osso”