segunda-feira, 22 de março de 2010

Raio-X de mim...

Sou sossego e euforia. Alegria e melancolia. Presente e nostalgia. Às vezes atracadouro, outras um vôo de asa delta. Às vezes mar bravio, outras lago sereno. Às vezes contradição, outras coerência. Sou paciente, mas nem sempre e nem com todos. Sou inquieta. Prefiro o inusitado, mas gosto da segurança que a rotina proporciona. Não tenho medo de amar, nem de sofrer. Não gosto de sofrer, ninguém gosta. Mas não tenho medo. Não tenho a mesma convicção com dores físicas, não suporto dor de cabeça, dor de garganta, dor de barriga, dor muscular. Sou quase hipocondríaca. Sou forte, mas não tanto como julgam. Gosto de dançar, amo dançar e seria realizada se pudesse ganhar a vida dessa forma, mas não danço bem o suficiente pra isso. Não me importo, continuo dançando.

Não sou do violino, sou da percussão. Sou do Natal e do Carnaval. Sou praia e sol. Não sou campo e chuva, a menos que eu esteja em excelente companhia. Sou de casa e sou do mundo. Sou intensa. Queria ser menos, mas não consigo, não sei ser de outro jeito. Não aprendi... ou não quis aprender... vai saber! Sou intensa, sim, mas tenho meus limites. Não gosto de excessos, pois aprendi desde cedo que tudo em excesso é sobra. Tenho uma trilha sonora para cada momento da minha vida. Sou Maysa e Lady Gaga. Decoro músicas com facilidade. Por falar nisso, amo cantar, mas também não sou boa o suficiente. Não me importo, continuo cantando.

Às vezes sou 220W, outras 110W. Tá... sou confusa, sim, mas quem não é? Costumo ser autoritária, mas sei pedir por favor, com licença e dizer muito obrigada. Tenho muito dos meus pais e sou plenamente consciente disso. Devo 90% do que sou a eles. O resto aprendi com o mundo. Sou ciumenta. Sou eternamente carente e extremamente romântica. Amo bichos de pelúcia, flores e animais de estimação. Adoro estar em companhia dos meus amigos. São poucos, mas os melhores. Sou apaixonada por colo, ritmos, toque e sabores. Quero namorar, noivar, casar e ter filhos. Amo fazer tudo ou nada com meu namorado. Não tenho problema com quase nenhum tipo de comida. Não tenho mesmo... Adoro comer! Tenho risada escandalosa.  Gosto de escrever, amo escrever apesar de não ser boa o suficiente. Não me importo, continuo escrevendo.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Vou te dizer o que é polêmica!


- Polêmica é um corinthiano no meio da torcida do Palmeiras com um porta-retrato do Richarlysson.

- Polêmica é colocarem um albino pelado na neve navegando num Mac.

- É um negro muçulmano filho de republicanos com ideias liberais que acabou de fazer uma charge esculachando Maomé.

- Polêmica é fazer um churrasco de vaca numa laje na Índia e convidar uma família local depois de ter mijado no Rio Ganges junto de um paquistanês.

- É cuspir no prato que comeu na Etiópia!

- Polêmica é chamar um pedófilo para cuidar da mais nova sede de uma creche municipal com a presença do padre da paróquia e mais 10 coroinhas.

- É gritar “vai tomar no cu, Hu Jintao!” no meio da Praça da Paz em Pequim vendendo ações do Google coberto por um casaco de pele feito de pandas.

- Polêmica é ir a Cuba com um americano e pedir ajuda governamental para treinar equipe de nadadores e remadores olímpicos.

- É levar até Brasília patrocinado pela Sthil um abaixo assinado com 100 mil páginas pela preservação da Amazônia.

- Polêmica é um judeu de mãos dadas com um travesti passeando no centro de Teerã com uma camisa I LOVE USA.

- É convidar para uma festa mensaleiros do PT e do DEM com cobertura da Veja e patrocínio da LUPO.

- Polêmica é uma mesa redonda com blogueiros para falar de sexualidade com transmissão ao vivo via internet discada.

ISSO SIM É POLÊMICA!

quinta-feira, 4 de março de 2010

Hoje ela sabe...

Não há muito o que dizer. Por mais que queira, palavras jamais conseguiriam descrever a sutileza da felicidade que ela tem vivido. Mas ainda assim ela insiste. Senta-se em frente ao computador e escorrega os dedos pelos teclados, muito naturalmente, quase como se estivesse em transe.

Sim, ela descobriu o quão sutil é a felicidade, que nem sempre a encontramos em grandes gestos ou em ações extraordinárias, mas nas singelezas que se escancaram à frente de quem se propõe a enxergar a vida com novos olhos. É isso. É assim que ela se sente, como uma míope que põe os óculos pela primeira vez e nota os traços mais firmes, as cores mais vivas, os limites mais reais.

Não que já não fosse feliz. No fundo nunca teve muito o que reclamar da vida. Tinha uma família acolhedora, bons amigos, um emprego razoável e um cão leal. Mas faltava-lhe uma graça, e não adiantava perguntar a ela que graça seria essa, pois ela não saberia dizer. Antes, não. Hoje, sim.

Faltava-lhe aquele amor que deixa a pele mais bonita, que faz você deitar 1h da madrugada e acordar às 6h30 na maior disposição, como se tivesse dormido as 8 horas completas recomendadas pelos especialistas.

Faltava-lhe o amor que não enche o coração de medo, mas encoraja, enaltece seu potencial, sem concorrências desnecessárias. O amor que enterra os pesadelos e recheia de sonhos as noites e os dias. Aquele amor que consegue levar a cidadã para a academia mesmo que ela sempre tenha gritado aos quatro cantos que odiava musculação. Agora ela malha sorrindo.

Faltava-lhe o amor que nos faz desejar um carnaval breve e uma semana santa longa. E que chegue logo a semana santa! O amor correspondido à altura, que a simples presença faz o coração dançar uma rumba, que amolece com um olhar, encanta com um sorriso e apaixona com um toque.

Faltava-lhe o amor que não afoba, amaina; que não tira o fôlego, melhora a respiração. O amor que planeja em conjunto, que coloca as finanças em dia e a faz preferir passar o fim de semana em um sítio do interior a ir para aquela balada que em outras épocas seria imperdível...

Hoje ela sabe o que faltava. Faltava. Não falta mais.