quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Não sei o quê

É um não sei o quê
Que me bota leve
Que me bota sã
Que me bota louca
Que me bota em paz

Saio a voar pela cidade
E já nem lembro a sensação
De sentir o toque do asfalto
E a angústia dos que dele não se libertam
Se antes pássaro enjaulado
Hoje a amplidão

O previsível assegurava segurança,
Mas dentro do peito,
um arauto sufocado
declara a revolução:
- Chega de mansidão!
Do morno estou cansado
E antes que padeça em meu leito
É no fogo que encontrarei minha bonança

E ao fogo ele se entrega
Porque a verdadeira essência
O tempo sempre vem revelar
E o fogo suas chamas não nega
O arauto alado queima
Até o seu desejo saciar.


É um não sei o quê
Que me bota leve
Que me bota sã
Que me bota louca
Que me bota em paz


Carol Madureira

3 comentários:

Anônimo disse...

Esse é, em particular, o mais lindo de todos os poemas que já li. Bruninho.

Carol Madureira disse...

Hum... e eu nem imagino pq...rsrsrs. Obrigada, meu amor! Bjos

Anônimo disse...

lindo demais, amiga! adorei! gal

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