É um não sei o quê
Que me bota leve
Que me bota sã
Que me bota louca
Que me bota em paz
Saio a voar pela cidade
E já nem lembro a sensação
De sentir o toque do asfalto
E a angústia dos que dele não se libertam
Se antes pássaro enjaulado
Hoje a amplidão
O previsível assegurava segurança,
Mas dentro do peito,
um arauto sufocado
declara a revolução:
- Chega de mansidão!
Do morno estou cansado
E antes que padeça em meu leito
É no fogo que encontrarei minha bonança
E ao fogo ele se entrega
Porque a verdadeira essência
O tempo sempre vem revelar
E o fogo suas chamas não nega
O arauto alado queima
Até o seu desejo saciar.
É um não sei o quê
Que me bota leve
Que me bota sã
Que me bota louca
Que me bota em paz
Carol Madureira
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3 comentários:
Esse é, em particular, o mais lindo de todos os poemas que já li. Bruninho.
Hum... e eu nem imagino pq...rsrsrs. Obrigada, meu amor! Bjos
lindo demais, amiga! adorei! gal
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