quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Despertador

Tinha medo de dormir e ficar vulnerável mais uma vez ao pesadelo que há poucos minutos lhe arrancara violentamente dos braços de Morfeu. Resistia bravamente, os olhos assustados, atentos a qualquer sombra desenhada na penumbra do seu quarto. Ficou assim por horas, não sabia exatamente se eram mesmo horas ou apenas alguns minutos sujeitos à Lei da Relatividade. “Maldita Lei da Relatividade”, pensava ela. Só sabia que o tempo se arrastava na contramão dos seus pensamentos, das suas lembranças, da sua organização excessiva. Permaneceu inerte, os olhos arregalados, até que sem perceber seu corpo começou a desacelerar, as retinas fatigadas se precipitaram em esquecer as sombras, as pálpebras pesadas aos poucos foram se ajuntando, se ajuntando, se ajuntando... até que, enfim, encontraram-se, muito naturalmente. Não se sabe ao certo se o pesadelo voltou a assombrá-la. Provavelmente não. O sono parecia muito tranqüilo, mas antes mesmo de ser saciado, o despertador berrava a chegada de um novo dia... repleto de obrigações mornas. Mais uma vez ela era violentamente arrancada dos braços de Morfeu. Abriu os olhos tão vagarosamente quanto fechou poucas horas atrás e pensou novamente, desta vez em alto e bom som: Maldita Lei da Relatividade!

Um comentário:

Anônimo disse...

Caroline , acorda e vá trabalhar isso e preguiça não pesadelo rsrsrsrs !!!
Hugo Ricardo

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