domingo, 20 de dezembro de 2009

Direto do Túnel do Tempo

Esse poema é das antigas... escrevi em 2004 depois de assistir o filme Caminho para Kandahara, sobre a situação das mulheres na cultura afegã. Esse é pra elas... O filme é de 2001 e tem lá os seus problemas. Eduardo Valente afirmou na época: "É um filme urgente, é um filme importante. Não é um filme bom". Mas ainda acho que vale a pena assistir, sim, e tirar as próprias conclusões.

KANDAHARA

Hoje procurei encontrar-me,
Esforço vão.
Perdi minha visão para tuas retinas
Meus passos para tuas pernas
Meu tato para tua pele
Meu sangue para tuas veias...
Como posso seguir agora?
Roubaste minha identidade,
Minhas ilusões...
Pensei que amar fosse simples,
...parecia tão simples...
Enganei-me profundamente!
Enxergar, não sei mais.
Caminhar,
Sentir,
Sonhar...
Tudo se perdeu em ti.
Olho-me no espelho
E o que vejo?
Nada! Apenas minha vida...

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